
A banca foi vendida há 15 dias, e agora receberá um novo nome: Prática João Maria. A situação de insegurança na avenida é latente, apesar das rondas frequentes da Polícia Militar pela área, os comerciantes estão reclamando e os clientes cada vez mais assustados.
Vlademir Gomes, proprietário da Lirius Boutique do Pão, localizada ao lado da Prática, lembra que logo após a padaria ter sido assaltada, dois policiais ficavam se revezando pelo quarteirão. Porém após o Carnatal, a dupla não foi mais disponibilizada para o local, e os comerciantes estão contando apenas com o patrulhamento de viaturas da Polícia Militar. O assalto à padaria, que aconteceu em um sábado às 13h30, ganhou notoriedade na imprensa, mas nada que supere o da Padaria Petrópolis, que também ocorreu no mesmo horário, no final da mesma avenida, no mês passado. A ação dos assaltantes deixou três feridos, sendo que uma dessas pessoas ficou paraplégica.
O palestrante Jussier Ramalho deixou claro que um dos principais motivos que fizeram ele vender a banca, foi o nível de insegurança do bairro. "Ao longo de 16 anos fui assaltado 21 vezes", contabilizou. O comerciante disse que compareceu à delegacia para fazer o Boletim de Ocorrência (BO) apenas duas vezes, mas que, após todos os roubos, a PM esteve presente. "Consegui filmar quatro vezes e isso nunca resolveu nada", enfatizou.
Somente a funcionária, que trabalha no período da tarde na Prática, foi assaltada oito vezes. Os furtos e roubos na avenida têm acontecido em todos os horários. O último assalto ao local, uma semana após o da Lirius Boutique, foi feito contra a esposa de Jussier. " Foi no sábado. Na hora que ela estava abrindo a banca. Lá estão assaltando pela manhã, tarde e noite", relatou. Para Jussier a insegurança não está relacionada ao trabalho da PM. "Os policiais sempre fizeram a parte deles. O estado é que tem poucos policiais. A população cresce e o número de PMs, não", apontou. Jussier acredita que abrirá outro estabelecimento, de preferência em um shopping. "Pelo menos é uma sensação de segurança maior", confirmou.
O subcomandante do Policiamento Metropolitano, tenente-coronel Alarico Azevedo, afirmou que o patrulhamento continua no local. Apesar disso, é preciso ser feito o trabalho investigativo da Polícia Civil. A reportagem entrou em contato com a Delegacia de Furtos e Roubos (Defur) para falar com o delegado Atanásio Gomes, mas ele estava em diligência externa.
Reportagem: DN Online