Feira de Ciências da Escola Antônio Dantas reúne 151 projetos e revela talentos em Apodi

(Foto: Josemário Alves - Apodi 360)

A Escola Estadual Professor Antônio Dantas realizou na sexta-feira, 1º de agosto, a sua tradicional Feira de Ciências, evento interno que tem ganhado cada vez mais destaque pela qualidade dos projetos apresentados. Ao todo, foram 151 trabalhos desenvolvidos por cerca de 450 alunos da própria instituição, numa verdadeira celebração do conhecimento científico. 

Coordenada pelas professoras Fátima Câmara e Suzana Souza, a feira funciona como etapa seletiva para a Feira de Ciências do Oeste Potiguar, promovida anualmente pela 13ª DIREC, e vem sendo um importante celeiro de talentos. 

O blog Apodi 360 esteve no evento e conversou com a professora Suzana Souza, uma das coordenadoras da iniciativa, que destacou o protagonismo estudantil e o compromisso da escola com a formação científica. 

“Começamos a trabalhar desde o início do ano, incentivando os alunos a compreenderem e aplicarem o método científico. É um trabalho que transforma. Aqui são selecionados os projetos que irão representar nossa escola na Feira da Direc, e muitos deles já trilharam caminhos ainda maiores, como a Febrace, em São Paulo, e a Feira Brasileira de Iniciação Científica (Febic) em Santa Catarina”, relatou Suzana. 

(Foto: Josemário Alves - Apodi 360)

Entre os destaques dos últimos anos está o projeto Ecotelha, uma telha ecológica com propriedades de isolamento térmico produzida com papel reciclado e fibra de coco. Essa ideia ficou em 4º lugar na categoria Engenharia da Febrace e ganhou credencial para participação em evento científico na Bahia.

Outro projeto, o Sonicap, foi selecionado para participar da Campus Party em Pernambuco. Essa iniciativa trata-se de um boné para pessoas com deficiência visual, que ajuda na locomoção e avisa sobre obstáculos no caminho.

No ano passado, outra iniciativa chamou a atenção pela sua utilidade pública. Um grupo de alunos investigou o descarte incorreto de medicamentos e descobriu que Apodi possui uma política de recolhimento de remédios vencidos, mas que a população desconhece. 

Outro projeto, idealizado por alunos da escola e residentes no Distrito de Córrego, pesquisou formas de atração de abelhas utilizando cera natural, evitando o uso de açúcar e destacando o vínculo com o meio ambiente. 

(Foto: Josemário Alves - Apodi 360)

“É muito gratificante ver o potencial dos nossos alunos sendo reconhecido. São jovens que passam a enxergar a ciência de forma crítica e criativa. Muitos chegam à universidade com uma bagagem diferenciada graças à vivência que têm aqui”, concluiu Suzana, destacando que o evento representa uma janela de oportunidades.

A feira mostrou, mais uma vez, que a educação pública pode ser solo fértil para a inovação e a transformação social quando há incentivo, dedicação e protagonismo juvenil.

Professor responsável pelo Sonicap apresenta outros 6 projetos tecnológicos

(Foto: Josemário Alves - Apodi 360)

O professor do curso técnico de Informática, Matheus Lopes, idealizador e orientador do projeto do boné para deficientes visuais, o Sonicap, apresentou na Feira de Ciências do Antônio Dantas outros 6 projetos tecnológicos.

Os projetos possuem grande potencial para se destacar em outras feiras científicas e ganhar o mundo.

Um deles é o Bio Defesa, que usa reconhecimento facial na proteção patrimonial contra arrombamentos e furtos. Tem também o ABC+, que visa auxiliar pessoas de idade mais avançada no uso de tecnologias digitais, e o Biko, uma plataforma que intermedia a prestação de serviços comuns entre o prestador e a pessoa que está precisando.

Além deles, também tem o Neuro IA, Nano Robô e o VitalPulse.

Matheus contou a reportagem que os projetos surgiram como um método para avaliar os alunos e incentivar a produção de ciência. “Criei a ideia dos projetos como método avaliativo. Todas as minhas turmas, sem exceção, trabalham com os projetos para os pontos bimestrais”, revelou o professor.

A maioria dos projetos científicos no qual ele orienta visa oferecer uma solução prática para um problema social comum, a exemplo do Sonicap, que começou apenas com um boné e um sensor, para alertar pessoas com deficiência visual sobre obstáculos no caminho, e hoje já conta com câmera com inteligência artificial e um upgrade no case do boné, para dar mais conforto ao usuário.

Recentemente, o projeto foi destaque na ExpoEduc 2025, uma das maiores exposições voltadas à educação do País.

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