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(Foto: Josemário Alves - Apodi 360) |
A Prefeitura de Apodi realizou, na manhã desta sexta-feira (6), o fechamento oficial e definitivo do lixão a céu aberto do município, uma demanda histórica e que há muito tempo era cobrada pela população, órgãos ambientais e Ministério Público.
A solenidade simbólica ocorreu no próprio local do antigo lixão e contou com a presença do prefeito Sabino Neto, vereadores e secretários municipais.
A partir de agora, os resíduos sólidos coletados em Apodi, que somam cerca de 35 toneladas por dia, passarão por uma estação de transbordo localizada no distrito de Melancias, de onde serão transferidos dos coletores para caminhões e levados para o Aterro Sanitário Controlado Oeste Ambiental, no município de Rodolfo Fernandes, às margens da BR-405.
A medida, segundo o prefeito, representa um “marco histórico” para Apodi. “Hoje é um marco histórico pro município. Tenho o maior orgulho de estar à frente do município e poder fechar em definitivo os trabalhos aqui nesse lixão. Isso aqui representa pra gente um passo gigante para a sustentabilidade”, declarou Sabino em entrevista à imprensa.
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(Foto: Josemário Alves - Apodi 360) |
O novo modelo de destinação terá um custo estimado entre R$ 140 mil e R$ 150 mil por mês, valor que contempla tanto o transporte quanto o recebimento do lixo no aterro sanitário.
Além do encerramento das atividades do lixão, a Prefeitura informou que iniciará nos próximos meses um plano de recuperação ambiental da área degradada, ainda sem custo estimado. A ação buscará reduzir os impactos ambientais deixados pelos anos de descarte irregular, com a remoção gradual do lixo acumulado e possível recuperação do solo.
A luta pelo fim do lixão teve início em gestões anteriores, com destaque para a administração do ex-prefeito Alan Silveira, a partir de 2017. Apesar dos avanços na interlocução com o Ministério Público e de tentativas de adequação à Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), a prática ainda persistia até então, contrariando o prazo legal que estabelecia o fim dos lixões até agosto de 2024.
Questionado pelo Apodi 360 se o município havia sido penalizado por descumprir o prazo estipulado por lei, o prefeito Sabino afirmou que não. Segundo ele, mesmo antes de assumir a prefeitura, quando era secretário de Saúde, o município já mantinha diálogo com o Ministério Público e vinha atendendo às recomendações técnicas do órgão, o que evitou eventuais sanções.
O lixão de Apodi era foco de constantes queimadas e emissão de fumaça tóxica, que frequentemente atingiam bairros da zona urbana, gerando transtornos à saúde da população e riscos ambientais ao solo e ao lençol freático.