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(Foto: Josemário Alves - Apodi 360) |
Na manhã desta quinta-feira (15), a Câmara Municipal de Apodi foi palco de um apelo contundente: acometidos de fibromialgia participaram da sessão ordinária e denunciaram o descaso do poder público municipal com leis que deveriam garantir seus direitos, mas que seguem ignoradas desde a aprovação.
Mesmo com legislações já sancionadas no município, como a Lei nº 1.455/2019, que institui o dia municipal de conscientização, a Lei nº 1.856/2022, que garante atendimento preferencial, e a Lei nº 2.136/2024, que assegura meia-entrada em eventos culturais e esportivos, os pacientes relataram que os direitos continuam apenas no papel. Na prática, enfrentam filas, constrangimentos, falta de acolhimento e total ausência de fiscalização por parte do município.
“É como se nossas dores não existissem. As leis foram aprovadas, mas nunca saíram do papel. Queremos respeito e dignidade”, disse Joelina Góis, representante da mobilização durante a tribuna livre da sessão.
“Queremos sinalizar nossa existência, cobrar que as leis sejam efetivadas e, principalmente, que tenhamos acesso ao sistema de saúde”, acrescentou ela ao blog Apodi 360.
Os vereadores presentes ouviram atentamente aos anseios e se comprometeram em aderir a causa e buscar medidas para que os acometidos tenham seus direitos garantidos.
A mobilização desta quinta reacende um debate importante: não basta criar leis. É preciso fiscalizar, regulamentar e garantir que elas realmente cumpram sua função social. Enquanto isso não acontece, os acometidos com fibromialgia em Apodi seguem lutando, com coragem, para fazer valer direitos já conquistados.