![]() |
(Foto: Arquivo pessoal) |
A Justiça Federal mandou prender, na manhã desta quarta-feira (03), o ex-prefeito de Patu, Possidônio Queiroga da Silva Neto, de 66 anos.
Ele foi condenado a 11 anos e 4 meses de reclusão, em regime fechado, pelos crimes de lavagem de capitais, supressão de documentos públicos e crime de responsabilidade de prefeitos.
O ex-gestor foi conduzido ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Apodi, onde ficará à disposição da Justiça.
Fraude ligada a construção de creche
A decisão judicial aponta que Possidônio teria desviado recursos destinados pelo Governo Federal para a construção de uma creche-modelo em Patu, obra que deveria ter sido concluída em oito meses, mas está inacabada até hoje.
Ele chegou a ser preso em 2016 para cumprir essa mesma decisão judicial, mas acabou sendo colocado em liberdade para aguardar o julgamento dos recursos.
Na época, a sentença da juíza Moniky Mayara Costa Fonseca Dantas, apontavam que os crimes envolviam supressão de documentos, desvio de verbas públicas, lavagem de dinheiro, fraude em licitações e falsidade ideológica.
A fraude foi descoberta em 2010, durante a Operação Deus dos Mares, da Polícia Federal. Investigações apontaram que R$ 700 mil foram creditados na conta da prefeitura em julho de 2008 e, nos últimos três meses de mandato, os valores foram sacados e utilizados em esquema de lavagem de dinheiro.
Segundo a Polícia Federal, o ex-prefeito contou com a colaboração de funcionários da própria prefeitura e de aliados políticos para esquematizar a fraude. O dinheiro teria sido movimentado por meio de extratos bancários, cheques e fitas de auditoria, dificultando o rastreamento.
Agora, com o trânsito em julgado da sentença, a Justiça determinou o imediato cumprimento da pena em regime fechado.